Páginas

terça-feira, setembro 25, 2007

Deus e o verbo


(...)

No inicio era o verbo...

E o verbo era Deus...

E o verbo estava com Deus,

E já não eram sós , ambos conjugavam-se entre si,

Discutiam quem seria a primeira e a segunda pessoa,

Quem era verbo...

Quem era Deus,

A ação e a interpretação...

Quem era a parte e quem era o todo.

Deus

(O pai, o filho e o espírito santo),

Era também o verbo

(regular e irregular)

E todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito

E quem seria o predicado,

Quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria

À forma "mais que perfeita"!


Deus era o verbo e o verbo era Deus,

Conjugavam-se de maneira irregular...

Explicitando suas diferenças,

Reconhecendo os fragmentos e os complementos

Buscavam a medida certa

E, assim,

Reconheceram-se uno...

Eu deus, tu deus, ele deus, nós deus, vós deus... eles deus

Somos dotados deste curioso poder,

Mudamos nosso significado, nosso signo,

Nosso comportamento e nossos conceitos

(que por sua vez chegam ate nós depois de se modificarem muitas e outras vezes!)

Temos uma ferramenta e tanto nas mãos,

E nos pés...

Temos acorrentados nossos motivos de sobra pra relaxarmos

E acomodarmos com a vida que levamos agora...


(...)



(O Teatro Mágico!)

domingo, setembro 09, 2007

Onze dias



Eu descobri um mundo teu
E ele é manso
Sem perceber tive paz
E só me dei conta

Quando eu te vi e perguntei como é que vai você

"Tudo bem?"

Falta entender o que me faz
Pensar que só ela pode ter tanta paz pra me dar
Ninguém mais tem tanta paz

Eu te vi e cheguei pra falar

"Certinho?"

(Rodrigo Amarante)