Meus sentimentos agora atravessam um episódio psicótico sem precedentes. Amo e odeio na mesma medida...
Rancor e saudosismo. Raiva e penar. Desprezo e consideração. Vivo num pêndulo sem fim.
Minhas vontades oscilam entre a hostilidade e a pureza do carinho mais sincero. Lembra?
Minhas vontades oscilam entre a hostilidade e a pureza do carinho mais sincero. Lembra?
[...]
Não sei mais.
Já dista o que você significou pra mim. Comigo, só lamentos. É verdade. Não há quem lamente mais que eu tudo isso. Você é a personificação do entrelaçamento entre o profano e o sagrado. Sim, você fora sagrado.
Hoje não mais sei.
[...]
Se me fosse concedido algum poder sobrenatural, elegeria o que me permitisse riscar as nulidades mnemônicas auto-biográficas. Você é uma delas. Você, com sua irracionalidade animalesca. Você, outrora luz, e agora habitante dos confins abissais da minha existência errante. Você, que turva meus pensamentos e me estagna num passado disfuncional. Você.
Resolvi calar-me, em nome da minha integridade mental. Por mais que meu "ego" me contradiza, gostaria que você acompanhasse meu silêncio. É tudo pura maldade?
Admitamos. Já não somos fontes mútuas de benesses "like before".
Mais do que nunca, lanço um decreto: hora de virar a página e reparar danos. Colocar-te no retrovisor da minha vida. Esperar que minha trilha dite as perspectivas das quais te enxergarei no futuro.
Hoje chove, e você é uma mancha perdida entre os pingos por sobre o espelho.
Você, operário das ruínas. Você, o vil.