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quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Frágeis edificações...


Eis que bons tempos se avizinham. Eis que o intragável segue com a aurora e novas possibilidades beiram a cogitação. Tu distas, por mais que teime qual criança contrariada, mimado que és.

Por favor, não esfaceles a minha redoma. Não pises no esmero que dediquei à sua lapidação. Ela é minha. Ela me mantém alheia aos seus desmandos. Seu prisma me faz conceber dias melhores em cujo alvorecer você será nada mais que banalidade pretérita.

Ah, teus instrumentos de tortura estão perdendo força aos poucos.

Se isso é bom? Creio que sim.

Admito que por vezes hesitei em dar-te como morto. E que ainda me assombra a imagem dos cacos por sobre o meu tapete cor-de-rosa com bolinhas amarelas (o tapete é meu...)...

Viver dói um bocado. Parafraseando o nobre vulgo, "a vida é aprendizado". É pena ainda não ter me ajustado à crueza das palmatórias.

Quiçá um dia!

Mas não esqueças da redoma. Vê bem onde pisa.