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segunda-feira, outubro 29, 2007

Mensurações


Eu quero de um tudo.

Nem pouco, nem muito.

Tampouco quase nada.


Quero as ínfimas partes do quase-tudo.

Até quase-tudo mimetizar-se em quase nada.


Não quero brioches.

Nem pão dormido.

Não quero erudição.

Nem rimas pobres.

Não quero um do Porto.

Nem leite com soda cáustica.


Quero de um tudo.

Em paradoxal iminência.

Às vezes, tudo.

Nem sempre quase.


Quero de um pouco em um tudo.

Um muito em quase-pouco.


Nem pouco, ou quase-pouco.

Beirar o quase tudo do quase nada.


Mas, de tudo, quero um pouco.

Um tudo, em doses homeopáticas.


[...]


Não te quero em conta-gotas.

Quero tu, em um tudo.

Tu, em um muito.

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